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terça-feira, 30 de março de 2010

Obrigada, senhor!



Obrigada, Senhor
Por me deixar ver muito mais do que estou vendo aqui!

Olhando com seus olhos posso ver mais beleza nas coisas que me cercam, mais pureza nas flores, mais carinho e bondade nas pessoas.

Obrigada, Senhor
Por me deixar ser mais feliz do que sou.

Estando contigo sou mais alegre, mais forte, mais amiga, mais gente e irmã.

Obrigada, Senhor!

(pv)
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Encontrei esta oração na última página de um livro meu. Com certeza, estava muito feliz ao escrevê-la. Costumo fazer isso sempre que termino de ler algum livro. Foi no ano de 1976. Aliás, foi nesse ano que me casei. Faz tempo, né???????? Mas ela continua viva e atual.

terça-feira, 23 de março de 2010

outono outra vez

Folhas espalhadas
no chão do meu coração,
é outono de novo.
(pv)

segunda-feira, 22 de março de 2010

Brisa outonal


A canícula se foi e o outono vem chegando devagar. Aliás, nunca se usou tanto essa palavra nesse verão. Canícula, o que é isso? Nunca tinha ouvido essa palavra! Pensei, a princípio, significar algo relacionado a cão, canil. Parece com clavícula, será que tem a ver com canibal? Ela rima com Calígula, com cutícula ou será vesícula? Resolvi pesquisar.
A explicação melhor que encontrei foi que está mesmo ligada à ideia de cão. Canícula era cadelinha, nome dado à estrela Sírius da constelação do Cão Maior, cuja representação era feita na forma de um cão furioso. Quando ela se apresentava coincidia com o grande calor de verão. Daí, canícula - grande calor atmosférico - literalmente: dias de cão.
Mas, voltando ao início deste assunto, desse verão escaldante, o melhor foi comer bastante salada, tomar sorvetes e nadar na praia. Foi um verão diferente: pés descalços, bermudas e camisetas, caminhadas à tardinha, muitos cuidados especiais com minhas plantas, que por sinal ficaram lindas, viagem a Vila Velha e até a Afonso Claudio.
Agora, o outono vem chegando bem de mansinho, ainda com um leve perfume quente no ar. Estação preferida! Traz-me nostalgia, lembranças da minha juventude lá em Cordeiro, ouvindo Roberto Carlos.
O chão bordado de folhas amareladas dá mais prazer ao meu caminhar, parece o tecido de um lindo vestido que gostava de usar nas tardes de um outono que já vai longe.
Respiro fundo, o cheiro de mato molhado sufoca as lágrimas que querem saltar, quantas saudades!
Outono, estação das lembranças, da cor dourada dos meus sonhos!
Seja bem vinda, brisa outonal! Vem refrescar minha alma abrasada, perfumar minhas tardes com seu odor de outrora que ainda trago guardado dentro de mim.

sábado, 20 de março de 2010

A arte de ser feliz


Costumo dizer que às vezes procuramos a felicidade nos lugares mais distantes, enquanto que ela está bem ali ao nosso alcance.

Queremos viver num mundo de paz, ter paz interior e culpamos o outro por não conseguirmos.

Essa felicidade ou essa paz que tanto procuramos depende do nosso olhar. É preciso olhar na direção certa.

Vale a pena conferir esta história que retrata bem este ensinamento.

Era uma vez um sábio que vivia numa montanha do Himalaia. Cansado de conviver com os homens escolheu uma vida simples e passava os dias meditando.
Sua fama era tão grande que as pessoas corriam por caminhos difíceis, atravessavam rios caudalosos, subiam montanhas escarpadas, somente para encontrá-lo, pois acreditavam que o homem santo seria capaz de resolver toda angústia de suas vidas.
O sábio, como era um homem cheio de compaixão, sempre dava bons conselhos, mas procurava se livrar dos visitantes indesejados. Mas, mesmo assim eles apareciam em grupos maiores. Até que certo dia, uma multidão bateu à sua porta contando das maravilhas que diziam a seu respeito e que só ele poderia resolver.
O sábio não disse nada. Pediu que sentassem e esperassem. Três dias se passaram, mais gente chegou, e quando já não havia mais espaço, ele dirigiu-se ao povo:
- Hoje vou dar a resposta que desejam, mas devem prometer que assim que tiverem seus problemas solucionados, dirão aos outros peregrinos que me mudei daqui, para que eu possa viver na solidão que desejo.
Todos prometeram e o sábio mandou que contassem seus problemas. Alguém começou a falar, mas foi logo interrompido por outro e por outro, pois temiam que não desse tempo para o homem santo escutá-los. E a confusão estava formada. Homens gritavam, mulheres choravam, era impossível fazer-se ouvir.
O sábio deixou a situação se prolongar mais um pouco até que pediu silêncio. Todos se calaram.
E o mestre pediu que escrevessem seus problemas num papel e colocassem numa cesta. Quando terminaram, misturou tudo e pediu que passassem a cesta por todos e cada um tirasse um papel.
-Leiam o que está escrito, e podem escolher entre passar a ter o problema escrito ou podem pedir o seu de volta a quem sorteou.
Cada um que leu, concluiu que o que tinha escrito, por pior que fosse, não era tão sério quanto o do vizinho. Depois de algumas horas, cada um colocou o seu pedido no bolso e aliviado agradeceu a lição. Desceram a montanha com a certeza de que eram mais felizes que os outros e nunca mais deixaram que ninguém pertubassem a paz do homem sábio.

Conclusão:
Há um ditado popular que diz que pimenta nos olhos dos outros é refresco. E, é assim mesmo, sempre achamos que nossos problemas são maiores e piores. Somente nos calamos quando enxergamos que o do vizinho é maior que o nossso.
Se ficarmos preocupados com o tamanho do nosso problema, esquecemos de olhar as flores que se abrem no caminho.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Sobre o casamento




Casamento, segundo o Aurélio, significa:1-União solene entre duas pessoas de sexos diferentes, com legitimação religiosa e/ou civil; núpcias. 2- A cerimônia dessa união.

Na bíblia está escrito: "deixará o homem a seu pai e mãe, e unir-se-á a sua mulher, e serão os dois uma só carne".

E, Paulo escreveu na carta aos coríntios que:
"o amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal.
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade.
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor nunca falha."
Vinicius de Moraes canta um hino de amor para os noivos, os amantes, os amados no seu
Soneto de Fidelidade
De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu pranto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive)
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
..........
Para terminar, esta magnífica reflexão de Kalil Gibran para Fernando e Suellem, que celebraram seu matrimônio no dia 12 de março.
O matrimônio
... Amem, mas não transformem o amor em atadura.
Que um encha o copo do outro, mas que jamais bebam do mesmo copo.
Cantem e dancem, estejam alegres, mas que cada um mantenha sua independência; as cordas de um alaúde estão sozinhas, embora vibrem com a mesma música.
Entreguem o seu coração, mas não para que seu companheiro o possua - porque só a mão da Vida pode conter corações inteiros.
Estejam juntos, mas não demasiado juntos - porque os pilares de um templo estão separados.
O carvalho nao cresce `a sombra do cipreste, e o cipreste não consegue crescer à sombra do carvalho.
...
Que Deus abençoe vocês, meus filhos!














quinta-feira, 4 de março de 2010

O preço da vaidade



Falar sobre a vaidade é tão simples quanto contar histórias.


Conta-se que um certo corvo roubou um pedaço de queijo e foi para o alto de uma árvore para comê-lo sossegadamente. Naquele momento, passava por ali uma raposa esfomeada que lhe pediu um pedaço do manjar, mas o corvo lhe negou imediatamente.


A raposa, muito esperta, começou a elogiar o corvo dizendo que tinha uma linda plumagem negra, que voava muito bem e coisas assim que a ave gostou de ouvir. Mas que tinha apenas um defeito - não sabia cantar como os outros pássaros.


O corvo não gostou disso e para provar o contrário abriu o bico para entoar um melodioso canto, e assim o pedaço de queijo foi cair bem perto da faminta raposa, que o pegou depressa e saiu dali dizendo:


-Querido amigo, esse é o preço da vaidade! Quando alguém te elogiar demais, desconfie e preste mais atenção ao seu redor, pode ser que ele apenas queira algo seu.
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Para refletir:
Vaidade das vaidades, tudo é vaidade.
Tudo que meus olhos desejara, não lhes recusei; não privei meu coração de nenhuma alegria. Meu coração encontrava sua alegria no meu trabalho; este é o fruto que dele tirei. Mas, quando me pus a considerar todas as obras de minhas mãos e o trabalho ao qual me tinha dado para fazê-las, eis: tudo é vaidade e vento que passa; não há nada de proveitoso debaixo do sol.
Ecle.1,10