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sábado, 20 de março de 2010

A arte de ser feliz


Costumo dizer que às vezes procuramos a felicidade nos lugares mais distantes, enquanto que ela está bem ali ao nosso alcance.

Queremos viver num mundo de paz, ter paz interior e culpamos o outro por não conseguirmos.

Essa felicidade ou essa paz que tanto procuramos depende do nosso olhar. É preciso olhar na direção certa.

Vale a pena conferir esta história que retrata bem este ensinamento.

Era uma vez um sábio que vivia numa montanha do Himalaia. Cansado de conviver com os homens escolheu uma vida simples e passava os dias meditando.
Sua fama era tão grande que as pessoas corriam por caminhos difíceis, atravessavam rios caudalosos, subiam montanhas escarpadas, somente para encontrá-lo, pois acreditavam que o homem santo seria capaz de resolver toda angústia de suas vidas.
O sábio, como era um homem cheio de compaixão, sempre dava bons conselhos, mas procurava se livrar dos visitantes indesejados. Mas, mesmo assim eles apareciam em grupos maiores. Até que certo dia, uma multidão bateu à sua porta contando das maravilhas que diziam a seu respeito e que só ele poderia resolver.
O sábio não disse nada. Pediu que sentassem e esperassem. Três dias se passaram, mais gente chegou, e quando já não havia mais espaço, ele dirigiu-se ao povo:
- Hoje vou dar a resposta que desejam, mas devem prometer que assim que tiverem seus problemas solucionados, dirão aos outros peregrinos que me mudei daqui, para que eu possa viver na solidão que desejo.
Todos prometeram e o sábio mandou que contassem seus problemas. Alguém começou a falar, mas foi logo interrompido por outro e por outro, pois temiam que não desse tempo para o homem santo escutá-los. E a confusão estava formada. Homens gritavam, mulheres choravam, era impossível fazer-se ouvir.
O sábio deixou a situação se prolongar mais um pouco até que pediu silêncio. Todos se calaram.
E o mestre pediu que escrevessem seus problemas num papel e colocassem numa cesta. Quando terminaram, misturou tudo e pediu que passassem a cesta por todos e cada um tirasse um papel.
-Leiam o que está escrito, e podem escolher entre passar a ter o problema escrito ou podem pedir o seu de volta a quem sorteou.
Cada um que leu, concluiu que o que tinha escrito, por pior que fosse, não era tão sério quanto o do vizinho. Depois de algumas horas, cada um colocou o seu pedido no bolso e aliviado agradeceu a lição. Desceram a montanha com a certeza de que eram mais felizes que os outros e nunca mais deixaram que ninguém pertubassem a paz do homem sábio.

Conclusão:
Há um ditado popular que diz que pimenta nos olhos dos outros é refresco. E, é assim mesmo, sempre achamos que nossos problemas são maiores e piores. Somente nos calamos quando enxergamos que o do vizinho é maior que o nossso.
Se ficarmos preocupados com o tamanho do nosso problema, esquecemos de olhar as flores que se abrem no caminho.

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