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sábado, 24 de julho de 2010

Meus versos


Meus versos não são os teus.
Meus versos são como o pó da estrada em que caminho,
cheios de pedras... são versos quebrados.


Meus versos saem do fundo d'alma dilacerada,

amarga, cansada da labuta que a vida me ofereceu.

São versos luzentes

transparentes

incandescentes

que você não vê

não sente

não lê.


Meus versos abrem caminhos dentro de mim,

caminhos sombrios que jamais conheci.

São meus prazeres, minha fuga, meu porto seguro.

Meus versos são meu espelho, são pedaços de mim...

que cato devagarinho, um a um.

Juntando dores e amores vou tecendo meu poema

vou em frente, vou abrindo as veredas, as feridas

que consegui.


Meus versos não são os teus...
Meus versos são o inverso da vida que quero ter.

Mas, por que não fazê-los?
(pv)
***********

2 comentários:

Valéria Gomes disse...

Os versos são sempre os versos. Os versos de nossas vidas devem ser colocados para fora, ou, estaremos correndo o risco de engasgar com os nossos anseios.

Beijo grande!!!

Vivian disse...

...em todo verso não devemos nos
esquecer do reverso, quase sempre
tão mais sentido nas profundezas
da alma.

bj, querida!