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terça-feira, 14 de julho de 2009

Quando

Quando assistia ao especial de Roberto Carlos, fiquei lembrando da minha adolescência naqueles anos dourados, na minha cidadezinha Cordeiro. Um música me veio à mente, pensei que já havia me esquecido dela, mas que nada, lá estava ela inteirinha na minha memória. Comecei então a cantarolar e lembrar-me do tempo que a cantava, principalmente no banheiro, tempo que estamos cheios de paixão. O amor transborda por tudo e aí começamos a cantar, recitar poemas,falar sozinhos sem saber porquê.
Quando amamos, o amor contagia tudo. Nossa casa fica diferente. Nem notamos a poeira dos móveis ou a jarra sem flores. Não importa. Nosso quarto é o melhor lugar, até as paredes nos entendem! Cantamos, falamos e elas só escutam. E ainda dizem por aí que paredes não têm ouvidos, o que elas não têm é boca. De brancas, muitas vezes ficam amarelas, de tanto ouvir nossos suspiros e choros. Grandes amigas! Na rua, nada tem importância. A buzina dos carros ou grito de crianças, o sol muito quente ou chuva que cai, nada,nada nos incomoda. Só pensamos no amor...no amado.
Quando o rei compôs essa música, era o ano de 1967 e o mundo assistia ao nascimento do tropicalismo, do movimento hippie e à morte de Guimarães Rosa e de Che Guevara. A guerra do Vietnã matava, mas o primeiro transplante do coração trazia esperança de vida. Ao lado de tantas realidades, Gabriel Garcia Márques publicava o seu realismo fantástico, Cem anos de Solidão.
Quando ouvia Roberto, a música que me chegava era "Quando".
"Quando você se separou de mimQuase que a minha vida teve fimSofri, chorei tanto que nem seiTudo que chorei por você, por você oh, oh, ohQuando você se separou de mimEu pensei que ia até morrer depois lutei tanto pra esquecerTudo que passei com você, com você, com vocêE mesmo assim ainda eu não vou dizer que já te esqueciSe alguém vier me perguntarNem mesmo sei que vou falarEu posso até dizer ninguém te amou o tanto quanto eu te ameiMas você não mereceuO amor que eu te dei oh, oh, ohQuando você se separou de mimQuase que minha vida teve fimAgora, eu nem quero lembrarQue um dia eu te amei e sofriE chorei eu te amei e chorei oh ooh ohE mesmo assim ainda eu não vou dizer que já te esqueciSe alguém vier me perguntarNem mesmo sei que vou falarEu posso até dizer ninguém te amou o tanto quanto eu te ameiMas você não mereceuO amor que eu te dei oh, oh, ohQuando você se separou de mimQuase que minha vida teve fimAgora, eu nem quero lembrarQue um dia eu te amei e sofriE chorei por você eu chorei por você eu chorei... eu sofri..."

Um comentário:

Andréa Amaral disse...

Viva o rei.Ele conseguiu eternizar a amizade também.E essa vai pra ti: Você minha amiga de fé , minha irmã ....camarada!!!Lindo texto.