
Nem tudo está perdido...
Atrás da minha casa passa um rio e atrás dele há um morro, que desabou bastante nestas chuvas, mas não causou vítimas, graças a Deus.
Nesses dias de intempéries, daqui da janela, da casa onde estou, passei muito tempo olhando para esse morro, observando os cachorros que moram ali, ou, com desculpas, talvez, para vigiá-lo com medo de ele cair. E um fato me chamou muito a atenção: a atitude desses animais.
No dia seguinte da tragédia, um deles caiu na ribanceira, achei que ele procurava um dos seus filhotes pela sua insistência em olhar o barro e as árvores caídas. Ela tentava subir o morro, mas não conseguia. Foram várias tentativas, até que me distraí e a perdi de vista. Desapareceu.
No outro dia, aliviada, vi que ela estava com dois filhotinhos branquinhos novamente lá em cima, dei graças a Deus e continuei a olhá-los. Então, vi que eram três: dois branquinhos e um pretinho. Cheguei à conclusão de que ela estava apenas sondando o local. E, a cada dia, novas surpresas: já eram quatro filhotes.
Os grandes latiam muito diante do barulho das máquinas ou de outro animal que tentava invadir seu espaço. Desciam e subiam o morro ao sinal de um barulho novo, enquanto os pequeninos ficavam lá em cima olhando tudo, obedientes à espera de um gesto da mãe.
Com isso, fui me distraindo e vendo o carinho, a proteção da mãe com os seus.
Agora, eles já desciam a trilha, que os homens fizeram, atrás dos maiores. Latiam também, não queriam mais ficar para trás. Já vieram até à rua, olharam e deitaram no meio fio sem receio de nada.
A vida continua e o pedaço é deles ainda.
Que exemplo pude tirar!
Atrás da minha casa passa um rio e atrás dele há um morro, que desabou bastante nestas chuvas, mas não causou vítimas, graças a Deus.
Nesses dias de intempéries, daqui da janela, da casa onde estou, passei muito tempo olhando para esse morro, observando os cachorros que moram ali, ou, com desculpas, talvez, para vigiá-lo com medo de ele cair. E um fato me chamou muito a atenção: a atitude desses animais.
No dia seguinte da tragédia, um deles caiu na ribanceira, achei que ele procurava um dos seus filhotes pela sua insistência em olhar o barro e as árvores caídas. Ela tentava subir o morro, mas não conseguia. Foram várias tentativas, até que me distraí e a perdi de vista. Desapareceu.
No outro dia, aliviada, vi que ela estava com dois filhotinhos branquinhos novamente lá em cima, dei graças a Deus e continuei a olhá-los. Então, vi que eram três: dois branquinhos e um pretinho. Cheguei à conclusão de que ela estava apenas sondando o local. E, a cada dia, novas surpresas: já eram quatro filhotes.
Os grandes latiam muito diante do barulho das máquinas ou de outro animal que tentava invadir seu espaço. Desciam e subiam o morro ao sinal de um barulho novo, enquanto os pequeninos ficavam lá em cima olhando tudo, obedientes à espera de um gesto da mãe.
Com isso, fui me distraindo e vendo o carinho, a proteção da mãe com os seus.
Agora, eles já desciam a trilha, que os homens fizeram, atrás dos maiores. Latiam também, não queriam mais ficar para trás. Já vieram até à rua, olharam e deitaram no meio fio sem receio de nada.
A vida continua e o pedaço é deles ainda.
Que exemplo pude tirar!