Seguidores

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Labirinto

As luzes se apagam, silêncio no quarto
pensamentos voam, em busca da paz.
Viro-me para a direita
viro à esquerda,
impossível fugir
das desventuras
das ansiedades...
Tantas paredes,
tantas descidas e subidas
nenhuma saída
estou confundida.
Procuro a vida,
os sonhos, os desejos,
não encontro nada
só bocas escancaradas
olhos que faiscam
monstros que atacam.
Não estou em Creta
não quero Teseu.
Fujo, luto, quero cair fora
quero ir embora
desse labirinto.
Ai! que o minotauro das trevas
quase me devora!
Entro no passado,
mas busco o futuro.
Há um vazio nas paredes frias
corredores escuros
quero derrubar os muros
encontrar meu herói.
Já estou sem forças, cansada
no chão, caída
ouço uma voz
finalmente a saída
vou para os braços de Morfeu.
(pv)

Um comentário:

Andréa Amaral disse...

Muito rico. Adoro Mitologia inserida em textos e poesias; o tempo que se faz torto, que se faz confuso, incerto. Amei.